Eu preciso ficar assim, em casa, no escuro esperando minha mente carregar toda a informação da escrita. Esperando que algo - que eu desconheço - decida qual é a hora de escrever, qual é a situação, a circunstância, qual é o tema.
Mesmo que o tema seja o vazio sempre haverá algo a escrever, aliás, é sobre o vazio que eu escrevo. O meu. O vazio que eu inventei. O vazio que eu vi em alguém que andava aparentemente sem destino pelo canteiro central.
E eu desbravo os vazio dos outros. Cada canto. Cada estrofe.
Como se servisse de consolo, como se preenchesse algo que eu esqueci de sublinhar.
Cristine, 16
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